Efeito Dominó

Querido alguém,

    Decidi não recomeçar meus escritos ontem, pois não tive condições de escrever-me devido os fatos ocorridos.
Ontem fiz minha prova prática da autoescola e, como previsto, não passei. Mas fiquei chocada por conta do surto de esperança repentina que tive antes de entrar no carro. Falhei e falhei feio. Não consegui chorar ontem. Só fui para o trabalho e tentei focar em outra coisa, mas não consegui porque me deu uma dor de cabeça horrível. Logo depois senti enjoo e olhei para a sala perifericamente e fiquei com falta de ar. Tomei dois remédios em menos de 2 minutos, esperei por uma hora, atendi dois alunos e resolvi pedir pra sair. Sabia que não estava bem e que não ficaria nada bem depois de um tempo. Sabia    que só me sentiria bem em casa ou no hospital. Mas estava sem alguém da família por perto, sem apoio costumeiro. Então pedi autorização e saí. E fui sozinha pra casa, e enquanto esperava o ônibus debaixo de sol do sol das 15 horas, percebi que a dor havia passado, e me perguntei se poderia ter sido tudo psicológico. E lembrei que nunca havia tido uma manifestação física da minha depressão antes. Desejei não ter tal manifestação todas as vezes e nem ter mais essa sensação. Desejei com todas as forças, enquanto sentia as panturrilhas queimarem por debaixo do jeans, não mais perder o controle das minhas emoções. Recordei-me do último episódio de descontrole emocional na festa do Rotary* e minhas mãos começaram a tremer e perder a cor. Quando cheguei em casa, tomei um banho, coloquei um filme pra me distrair e não pensar na dor e dormi sem demora. Acordei 15 horas depois pra ir trabalhar novamente.

   Hoje fui promovida por motivos de não saber trabalhar com o público. Não sei ser recepcionista, e fui “promovida” à secretária pedagógica. Surgiu a vaga e me colocaram lá pra que eu não saísse. Mas foi cruel, assim que me avisou da troca, dando-me sermão e dicas de como tratar as pessoas, a chefe me disse pra receber minha substituta e treiná-la. Hoje deu muita vontade de sair correndo e gritando do trabalho. Muita mesmo.

   Quando a mesma chegou, vi que era mais sorridente bonita e magra que eu. Fiquei cabisbaixa. Não adianta! Se não me agrada, eu não sei disfarçar. Fiquei mal, mas assim que recebi a notícia de que minha amiga* que está morando em São Paulo e não a via há anos estava indo me visitar, fiquei feliz.

   Chegando em casa, contei o que houve à minha mãe e ela, como sempre, disse que eu poderia melhorar a cara às vezes. Porque sou muito séria e “carrancuda”.

   Enfim... Não sabia muito como começar a escrever... Só não estou me sentindo bem com tudo isso. Tenho muito mais pra dizer, mas não consigo me lembrar ou escrever sobre isso agora.

Desejando um abraço demorado e um grego*, 
JAM
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* Participei do Rotary no Ensino Médio
* Kecy - minha melhor amiga ever
*Danone Grego 

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